Índice caiu em relação a junho, quando estava em 57%, o que mostra que flexibilização no funcionamento do setor, iniciada em meados de junho, já provoca efeitos no resultado financeiro das empresas

A flexibilização no funcionamento de bares e restaurantes de Belo Horizonte, iniciada em meados de junho, já vem surtindo efeitos na situação financeira das empresas. É o que mostra a mais nova pesquisa feita pela Abrasel com 215 empresários do setor de alimentação fora do lar em Minas Gerais, entre os dias 12 e 24 de agosto. Segundo o levantamento, 33% deles operaram no prejuízo em julho. O índice caiu em relação a junho, quando estava em 57%, evidenciando uma recuperação em curso.

Ainda segundo a pesquisa, 50% dos donos de bares e restaurantes entrevistados no estado, continuam com pagamentos em atraso, índice melhor que a média nacional, de 54%. “Este cenário mais positivo, sem dúvida, é fruto desse processo de retomada da economia, possibilitado graças ao avanço da vacinação no estado, que vem melhorando os índices epidemiológicos da Covid-19. Porém, o caminho para ampla recuperação do setor ainda é longo. Estudos apontam, inclusive, que o segmento precisará de dois a cinco anos para conseguir pagar suas dívidas, (entre empréstimos e impostos parcelados ou atrasados), e mais de duas décadas para refazer o patrimônio que foi desfeito porque muitos empreendedores tiveram que abrir mão de seus bens pessoais para continuar com o comércio e os funcionários”, destaca o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais, (Abrasel-MG), Matheus Daniel.

Inflação preocupa

         Um fato novo evidenciado nesta pesquisa é a percepção dos empresários sobre o aumento dos preços dos alimentos. O atual levantamento mostra que 79% dos entrevistados acreditam que o preço dos insumos irá subir ainda mais até o final do ano. Os constantes reajustes, obrigaram 71% deles a elevar os preços do cardápio das casas no primeiro semestre de 2021. “Quase 45% [dos entrevistados] reajustaram entre 5 e 10%. Outros 20% aumentaram entre 10 e 15%. Apenas 6% dos respondentes reajustaram os preços em mais de 20%” informa Matheus, acrescentando, inclusive, que a crescente inflação pode impactar na lucratividade das empresas neste segundo semestre. “Apesar de a estimativa de faturamento do setor para os últimos seis meses deste ano ser equivalente ao mesmo intervalo de 2019, período pré-pandemia, não lucraremos da mesma forma devido ao aumento absurdo dos custos fixos com energia elétrica, água, gás e dos insumos utilizados na cozinha”.

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