Água transporta nutrientes e oxigênio pela corrente sanguínea, mantém concentração correta para manutenção do equilíbrio eletrolítico e ácido-base, regula temperatura corporal, preserva estrutura celular, além de ser vital para excreção de substâncias tóxicas pela urina e fezes

Estudo publicado na revista Science indica que o volume para consumo diário de água é determinado por diversos fatores como sexo, idade, aspectos físicos, umidade do ar, temperatura e até mesmo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Nesse sentido, pode não existir uma quantidade ideal ー como os famosos dois litros ー, já que a influência de múltiplos pontos modifica a necessidade de cada indivíduo. Porém, independentemente das divergências sobre o assunto, a única verdade absoluta, até o momento, é a seguinte: não se hidratar ou negligenciar o ato simples, porém precioso, de beber água, pode, de fato, provocar sérios prejuízos à saúde.


E por falar em falta de hidratação, ela é recorrente na rotina de muitos foliões durante o Carnaval. Eles saem de bloco em bloco, a pé, debaixo de um sol escaldante e, com isso, chegam a ficar horas a fio sem ingerir um copo d’água sequer. “Essa postura pode causar desde sintomas leves como sede mais intensa e redução do volume urinário até, acredite, sintomas mais graves, quando a desidratação é muito extrema. Entre eles, irritabilidade, injúria renal aguda, cálculos renais, confusão mental, e em alguns casos, febre”, alerta o nefrologista do Hospital Semper, Leandro Soares.


Segundo o especialista, para que o organismo se mantenha funcionando, as reações bioquímicas do nosso corpo necessitam da água e são fundamentais: desde a troca de CO2 por O2 na respiração até a digestão. “Ela [água] transporta nutrientes e oxigênio pela corrente sanguínea, mantém a concentração correta para a manutenção do equilíbrio eletrolítico e ácido-base, regula a temperatura corporal, preserva a estrutura celular, além de ser vital para a excreção de substâncias tóxicas pela urina e fezes”. Pesquisas, inclusive, apontam, que a água é tão fundamental para a vida que, se o indivíduo perder mais que 4% da água corporal total, os sintomas da desidratação irão surgir e, se houver uma perda maior que 15%, ela pode ser fatal. “Nesse sentido, a hidratação com água, água de coco e sucos 100% naturais, principalmente para quem vai sair de casa para pular Carnaval, é ideal para que a pessoa possa manter-se disposta”, pontua.


E engana-se quem acha que bebidas alcoólicas são hidratantes, muito pelo contrário. De acordo com Leandro, o álcool inibe o hormônio antidiurético, fazendo com que a pessoa urine mais. Com isso, ela fica suscetível a se desidratar, já que uma das formas de perda de água no organismo é justamente pela urina. “A postura mais assertiva para quem vai tomar umas cervejinhas e drinques na festa dos blocos de Carnaval, é não deixar de levar uma garrafinha d’água para intercalar as bebidas com a hidratação correta”, pontua acrescentando a importância de ficar alerta para os sinais da desidratação. “Além da sensação de sede, principal mensagem do corpo sinalizando que ele está desidratado, o importante é perceber não só a diminuição do volume urinário como também a coloração da urina. O parâmetro é que ela [urina] esteja com uma coloração mais amarelo clarinho. Se ficar com cor de amarelo concentrado, é sinal de que a pessoa está desidratada ou se desidratando”, explica.


Quanto ao mito de que excesso de água também pode ser prejudicial, o nefrologista do Hospital Semper é taxativo: “isso vai depender muito do contexto. Pacientes com insuficiência cardíaca ou doença renal crônica em diálise, por exemplo, devem controlar o volume [de água] que ingerem por dia. Isso porque a grande quantidade, nesses casos, pode provocar consequências severas. Já para uma pessoa sem problemas de saúde, é pouco provável que ela apresente complicações ocasionadas por hidratação intensa. Água é sempre bem-vinda. Assim como as plantas precisam dela para crescer e sobreviver, o mesmo se aplica ao nosso corpo”.

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