Oncologista explica o que é, fatores de risco, sintomas e como se prevenir dessa enfermidade que até o fim deste ano deverá acometer mais de 40 mil pessoas só no Brasil, segundo o Inca
Rei do futebol, Pelé, foi novamente internado nesse domingo (13) para se submeter a mais sessões de quimioterapia que fazem parte do tratamento do ex-atleta contra um câncer de cólon, descoberto em setembro do ano passado. A doença é caracterizada por tumores encontrados na região do cólon (intestino) e reto.
Entre os fatores de risco para se contrair esse tipo de câncer estão obesidade, tabagismo, alimentação com excesso de embutidos e processados. Além disso, pessoas com mais de 50 anos também são mais suscetíveis à doença, de acordo com a oncologista clínica Juliana Reis, que faz parte do corpo médico da Cetus Oncologia, clínica especializada em tratamentos oncológicos com sede em Betim e unidades em Belo Horizonte e Contagem. “A idade com certeza é um fator de risco, mas no caso do Pelé, por exemplo, não sei como é o histórico familiar dele, já que tumores hereditários também existem”, explica.
Ainda segundo Juliana, o câncer de cólon é um dos mais prevalentes na população brasileira. Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) estimam que até o fim deste ano, haverá 20.540 casos da enfermidade em homens e 20.470 em mulheres. Esses valores correspondem a um risco estimado de 19,64 novos diagnósticos a cada 100 mil homens e 19,03 para cada 100 mil mulheres. “É preciso então tomar muito cuidado e realizar sempre exames periódicos para identificar a doença, que começa assintomática, de maneira silenciosa no corpo da pessoa. Já em estágios mais avançados, pode causar dores abdominais, inchaços, sangramentos, emagrecimento”, acrescenta a oncologista.
O exame mais importante para a identificação dos tumores no intestino é a colonoscopia, que detecta, conforme a médica, os chamados pólipos, que se não retirados por meio de cirurgia, podem se desenvolver e agravar o quadro.
Caso a colonoscopia detecte algum pólipo, este é retirado imediatamente do paciente. No procedimento, o intestino é visualizado por uma câmera presa ao endoscópio, introduzido nas vias retais. A imagem capta também a presença de úlceras e tumores. “Caso o pólipo seja irressecável ou até mesmo se foi encontrado um tumor, será necessária a realização de uma biópsia”, indica a oncologista.
Após o diagnóstico confirmado por biópsia, deve-se iniciar o tratamento, feito, principalmente, com a quimioterapia. Entretanto, tumores de reto podem ser tratados também com radioterapia. O início das terapias no momento correto podem trazer ao paciente uma taxa de cura acima de 80%”, enfatiza Juliana.
Outro exame para rastrear o câncer de cólon
Outro método para rastrear o tumor no cólon, segundo Juliana, é o exame de sangue oculto nas fezes, que analisa a presença de sangue nas fezes que não pode ser visto a olho nu. Um resultado positivo para esse procedimento indica que o paciente está sofrendo algum sangramento no intestino, que pode ser consequência de uma inflamação, trauma ou tumor. “Este é um exame barato, de fácil realização e muito utilizado. Porém, um resultado positivo não é suficiente para realizar o diagnóstico. Nestes casos deve ser realizada uma colonoscopia.”, conclui a médica.
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