Só em novembro do ano passado, micro e pequenos empresários foram responsáveis por 76% das oportunidades de trabalho no Brasil, conforme dados do Caged; A empresária Camila Bitencourt, por exemplo, pretende aumentar mão de obra em até 50% até fim do primeiro semestre deste ano, graças à retomada dos negócios em seu buffet no bairro Gutierrez

Mesmo com todas as dificuldades decorrentes da crise sanitária imposta pela Covid-19, os pequenos empresários geraram a maioria das vagas de emprego no país, nos últimos 15 meses. Pelo menos é o que aponta uma pesquisa recente divulgada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Somente neste período, o segmento abriu 247,3 mil novas oportunidades de trabalho, sendo a maioria delas no comércio (116,7 mil postos de trabalho). Em seguida aparecem os setores de serviços (98,7 mil), construção (16,7 mil) e indústria (15,2 mil). 

  Só em novembro do ano passado, por exemplo, os micro e  pequenos empresários foram responsáveis por 76% das vagas em aberto no Brasil, conforme indicam os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Muitas dessas contratações, entretanto, foram recontratações, já que o contexto pandêmico exigiu alto corte pessoas por parte das empresas. É o que afirma a empresária Camila Bitencourt, proprietária do Buffet Fora do Comum, especializado em eventos corporativos, coquetéis e reuniões de negócios, com sede no bairro Gutierrez, região Oeste de Belo Horizonte. “Na pandemia nosso setor foi o mais afetado, então, infelizmente, tivemos que mandar muita gente embora”, diz.

  Com o avanço da vacinação, ao longo de 2021, e a volta dos eventos no calendário da capital mineira, a partir do segundo semestre do ano passado, o cenário começou a ganhar tons de otimismo. Graças a alta nos pedidos de orçamentos, Camila teve que recontratar profissionais para o setor de vendas, atendimento e cozinha. “Hoje, início de 2022, estou com seis colaboradores e quase chegando aos oito que tinha antes da pandemia, já que tenho uma vaga aberta para motorista”, conta. Em períodos mais severos de restrição, ela contava apenas com o trabalho de dois profissionais.

 A retomada já faz Camila pensar, inclusive, em aumentar a infraestrutura da sede da empresa e, assim, dobrar a capacidade do estabelecimento para receber os clientes, que podem fazer suas reuniões e eventos no próprio espaço da empreendedora, no bairro Gutierrez. “Comecei 2021 com um pé atrás, bastante insegura, depois de um 2020 totalmente desafiador, mas hoje já estamos em obras para ampliar o espaço do buffet e minha intenção é, consequentemente, aumentar a mão de obra em até 50% até o fim do primeiro semestre deste ano para dar conta da demanda que está por vir com o crescimento do espaço físico”, revela.

 À frente da Doce Carol Ateliê, loja de doces finos e lembranças para casamentos, com sede no Prado, também na região Oeste, a empresária Ana Carolina Paranhos, foi outra que contratou bastante nos últimos tempos: saiu de uma estrutura com apenas quatro funcionários em fevereiro de 2020, período pré-pandemia, para 18, no mesmo mês de 2021. “Como antes da Covid-19 meu trabalho era focado nas festas de casamento e elas praticamente deixaram de existir nos momentos mais severos de restrição, ampliei o campo de atuação do meu negócio e resolvi investir em pontos de vendas dos meus doces. Consegui, com essa reformulação, abrir mais quatro unidades da empresa nos bairros Buritis, Savassi, Cidade Nova e Castelo, o que demandou, obviamente, mão de obra”.

As expectativas da empresária para 2022 são boas, contudo, ela prefere dar passos cautelosos e não focar em novas contratações para este semestre. “Estamos atentos às oportunidades do mercado para averiguar, com calma, novas possibilidades”, conclui.

 O empresário Fabrício Lana, proprietário do restaurante Boi Vitório, no bairro Cruzeiro, também fica feliz por perceber que, aos poucos, a roda da economia vai entrando nos eixos e se movimentando para frente, tal como deve ser. Ele, que precisou demitir oito funcionários durante os períodos em que a casa ficou fechada para atendimento ao público, recontratou, nos últimos meses de 2021, 50% dessa mão de obra dispensada. “A vacinação, que trouxe a possibilidade de uma vida mais próxima do antigo normal, claro que ainda com uma série de cuidados, foi e é fator fundamental para que as pessoas se sintam mais confortáveis e seguras a sair de casa, o que impacta positivamente no nosso negócio, gera renda e empregos”.

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