Tabagismo, principalmente associado ao etilismo, infecção pelo HPV, excesso de gordura corporal, além da exposição a solventes e agrotóxicos são alguns dos principais fatores de risco da doença

Neste mês, dedicado à prevenção aos cânceres de cabeça e pescoço, um importante alerta: cerca de dez mil pessoas morrem por ano no Brasil, vítimas da doença, dentre os aproximadamente 43 mil novos casos anuais. O mais assustador é que cerca de 70 a 80% dos diagnósticos são descobertos em estágios avançados, o que exige tratamento mais complexo. A neoplasia refere-se a um conjunto de tumores que engloba não apenas uma, mas várias partes. Dentre as mais atingidas estão os lábios, bochechas, gengivas, língua, céu da boca, amígdala, cavidade nasal, faringe e laringe.

O oncologista clínico Sandro Lana, que pertence ao corpo médico da Cetus Oncologia (clínica especializada em tratamentos oncológicos com sede em Betim e unidades em Belo Horizonte e Contagem), alerta que os principais fatores de risco da doença são o tabagismo, principalmente associado ao etilismo, infecção pelo papilomavírus humano (HPV), excesso de gordura corporal, além da exposição a solventes, agrotóxicos, entre outros. “As principais áreas afetadas são aquelas próximas à cavidade oral. Uma consulta ao dentista, inclusive, pode auxiliar na descoberta de sinais capazes de indicar esse tipo de câncer ainda no início”, explica Lana, acrescentando o aparecimento de feridas na boca que não cicatrizam, caroços no pescoço e/ou na parte interna da boca, dor para engolir e rouquidão como outros sinais da doença.

Ainda de acordo com o oncologista clínico da Cetus, apesar de a consulta com um dentista ser de grande auxílio no rastreamento precoce da neoplasia, o diagnóstico concreto é feito apenas com o exame físico, biópsia do nódulo ou ferida e avaliação da laringe com endoscópio. Além disso, exames de imagem devem ser solicitados para avaliar a extensão da doença. “Já o tipo de tratamento depende da região da cabeça e pescoço onde a doença teve início, do tamanho da lesão, da presença de linfonodos doentes (íngua) e se há infecção pelo HPV”, complementa. De modo geral, as terapias incluem quimio ou radioterapia, além de cirurgias.

Para se prevenir do câncer de cabeça e pescoço, Sandro Lana enumera algumas medidas como não fumar, consumir bebidas alcoólicas moderadamente, praticar exercícios físicos, se alimentar bem e se vacinar contra o HPV. “A vacina está disponível nos postos de saúde para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. Além disso, o SUS oferece o imunizante para imunossuprimidos, transplantados e pacientes com câncer, (mulheres até 45 anos e homens até 26 anos)”, destaca. Para os trabalhadores industriais, é recomendável ainda o uso de máscara em ambiente de trabalho. “A melhor dica é a prevenção e se o diagnóstico se concretizar, que ele seja precoce, o que aumenta consideravelmente as chances de cura e torna o tratamento menos complexo”, finaliza o especialista.

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