Mais de 25% do setor em todo o estado operou com prejuízo no segundo mês de 2023, aumento de seis pontos percentuais em relação a janeiro

Respirando com extrema dificuldade (e o pior!) sem ajuda de aparelhos. Essa é a situação de bares e restaurantes, que ainda sentem os reflexos de dívidas e perdas acumuladas pela pandemia. Segundo a mais recente pesquisa da Abrasel, associação que representa o setor, 26% das empresas de alimentação fora do lar em Minas Gerais operaram com prejuízo em fevereiro, aumento de seis pontos percentuais em relação ao levantamento de janeiro. A coleta de dados ouviu 195 empresários do segmento no estado entre 20 e 28 de março. Ainda de acordo com as últimas estatísticas, 33% dos entrevistados trabalharam com estabilidade e 41% tiveram lucro – em janeiro este índice era de 44%.

Entre os empresários que tiveram prejuízo, 71% apontam que a queda nas vendas é o principal motivo para o mau desempenho. Já 57% dos respondentes declaram que a redução no número de clientes é o que explica o fevereiro no vermelho. Por outro lado, 46% atrelam a situação ao custo dos insumos ao passo que 43% acreditam que as dívidas com impostos e taxas são as responsáveis pelo atual cenário, enquanto 40% responsabilizam as pendências com empréstimos.

Dívidas crescem

Outro dado da pesquisa da Abrasel que confirma o cenário crítico atualmente enfrentado pelo setor é o crescimento do número de dívidas dos comerciantes: 37% deles têm pendências em atraso, aumento de cinco pontos em relação à escuta de janeiro. Entre as empresas que fazem parte deste grupo, 79% devem impostos federais, 48% tributos estaduais, 40% encargos trabalhistas e previdenciários, 27% taxas municipais, 27% fornecedores de insumos e 15% serviços públicos (contas de água, gás e energia elétrica).

Empréstimos e inadimplência

A pesquisa também aponta que a grande maioria dos bares e restaurantes de Minas Gerais (69%) tem empréstimos bancários contratados. A inadimplência é preocupante: 30% dos que tomaram dinheiro de linhas regulares estão com o ‘nome sujo’, aumento de 13 pontos percentuais na comparação com o primeiro mês de 2023. Já entre os que aderiram ao Pronampe, o programa de apoio às micro e pequenas empresas, a inadimplência se manteve em 16%.

O presidente da Abrasel-MG, Matheus Daniel, ressalta que a pesquisa sobre os resultados do setor em janeiro já apontava uma piora nos indicadores, que se aprofundou e ficou ainda mais crítica em fevereiro. “Em Minas é especialmente preocupante a situação do endividamento, com quase um terço das empresas que fizeram empréstimos atrasando o pagamento das parcelas. Nesse cenário, muitos não conseguem ter margem, o que explica mais da metade – quase 60% delas – operarem sem lucro: ou estão no vermelho ou estão a duras penas mantendo o caixa estável”, conclui.

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