Apesar de os dados referirem-se aos números da doença no outro lado do continente, o estudo traz um alerta para todo o mundo, inclusive no Brasil, que infelizmente aparece em quarto lugar no ranking dos países com maior acúmulo de emissões de gás carbônico entre 1850 e 2021; oncologista repercute o assunto
A Agência Europeia do Ambiente (AEA) anunciou, no último dia 28, que 10% de todos os casos de câncer registrados no continente europeu estão relacionados a algum tipo de exposição à poluição. Esta foi a primeira vez que a entidade investigou a relação entre os poluentes, o meio ambiente e a incidência de tumores na população. Apesar de os dados contabilizarem os números da doença no outro lado do continente, o estudo traz um alerta para todo o mundo, inclusive no Brasil, que infelizmente, de acordo com o think tank internacional Carbon Brief, aparece em quarto lugar no ranking dos países com maior acúmulo de emissões de gás carbônico entre 1850 e 2021, atrás apenas da Rússia, China e Estados Unidos.
A oncologista clínica Tracy Dias, que pertence ao corpo médico da Cetus Oncologia (clínica especializada em tratamentos oncológicos com sede em Betim e unidades em Belo Horizonte e Contagem) reforça, inclusive, que os fatores de risco para contaminação também existem por aqui, entretanto os números e motivos, segundo ela, podem ser um pouco diferentes. “No Brasil, o número (de casos de câncer por contaminação) é um pouco menor quando comparado à Europa. Mas temos sim, principalmente diagnósticos ligados ao tabagismo, que é também uma forma de poluição”, comenta.
Além do tabagismo, um problema ligado à contaminação no Brasil pode ter conexão com os agrotóxicos e conservantes utilizados nos alimentos. Isso sem falar do consumo desenfreado de alimentos processados, o que também representa risco para a população em geral. “Quando falamos neste tipo de contaminação, as maiores ameaças de seriam o câncer de pulmão e leucemias por conta do já citado tabagismo, poluição do ar e exposição prolongada a metais pesados, entretanto ao pensarmos nos alimentos e seus conservantes, os cânceres do trato gastrointestinal são as maiores ocorrências”, pontua Tracy.
Para prevenir ou minimizar essa contaminação, é importante, de acordo com a oncologista, repensarmos nossa alimentação, ingerindo menos itens processados e com conservantes, além de cuidarmos do ar que respiramos, uma situação que Tracy admite ser mais complexa, dadas as inúmeras agressões sofridas pelo meio ambiente, como as queimadas, o efeito estufa, entre outros poluentes.
A médica ainda adverte que o uso de máscara, tão disseminado na pandemia, não é totalmente comprovado, do ponto de vista científico, para quem deseja se prevenir deste cenário de contaminação por poluição, tabagismo e metais pesados.
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