Restaurantes de alta gastronomia como Barolio e Omilía, em Nova Lima, registram aumento de até 20% no faturamento graças às vendas da tradicional bebida, enquanto loja no Mercado do Cruzeiro, com catálogo de 800 a mil rótulos, calcula up de 25%
As baixas temperaturas registradas nas últimas semanas em Minas Gerais vêm aquecendo a demanda por vinhos em restaurantes e estabelecimentos que trabalham com a bebida em Belo Horizonte e região metropolitana. Rótulos de países como Chile, Itália, Argentina, além dos nacionais, estão entre os mais procurados pela clientela.
O empresário Mateus Hermeto, sócio do Barolio, restaurante dedicado à culinária napolitana, com unidades nos bairros Vila da Serra e Vale do Sereno, em Nova Lima, afirma que durante o inverno a procura pelos rótulos, em especial os tintos, traz um incremento de 15 a 20% a mais no faturamento. A casa, segundo ele, possui uma carta selecionada e muito bem distribuída. “O vinho agrega muito ao ticket médio”, explica. Entre os mais populares, Hermeto cita o vinho da casa como um dos carros chefes do Barolio, além do Circus Malbec e o vinho de uva nebbiolo, da vinícola Battaglio.
Já para João Morais, proprietário da Royal Vinhos, no Mercado Distrital do Cruzeiro, o aumento das vendas na loja durante a estação mais fria do ano deve ficar em torno de 25% em relação às demais épocas. “Temos buscado alternativas de rótulos de excelente qualidade, mas ao mesmo tempo acessíveis para o público em geral. Isso porque atualmente o consumidor tem comprado de forma regular, durante a semana, e não apenas em ocasiões especiais”, destaca. A Royal, que tem em seu catálogo entre 800 a mil rótulos, é a única em Belo Horizonte que trabalha com os vinhos da importadora Decanter, cuja sede fica em Blumenau (SC). O estabelecimento oferece ainda marcas de aproximadamente 15 países, entre eles Uruguai, Chile, Estados Unidos, Itália, Portugal e África do Sul.
Quando se fala em vinhos importados, Morais acredita, inclusive, que eles ainda são os “queridinhos” da clientela, pela qualidade reconhecida e até mesmo pelo apego do consumidor ao que vem de fora, entretanto, as marcas nacionais têm aparecido cada vez mais, incluindo as de Minas Gerais. “Os vinhos mineiros estão maravilhosos, são surpresas extremamente agradáveis e não perdem em nada para os rótulos europeus, por exemplo. Temos alguns exemplares aqui na loja que são para ‘tomar ajoelhado’, é de bater palma”, pontua João. Entre as marcas de Minas disponíveis na casa estão os da vinícola Maria Maria, em Campos Gerais; e o mais recente lançamento, o Aman Tikir, tinto seco produzido na Fazenda Serra que Chora, nas proximidades de Itanhandu, ambos no sul de estado.
Quem também valoriza as marcas locais é a sócia administrativa do Omilía Restaurante, no Vila da Serra, em Nova Lima, Daphne Carvalho. Apesar de admitir que os argentinos são mais demandados, ela afirma que os rótulos do estado têm surpreendido bastante. “Os que mais saem aqui são os vinhos Malbec, mas recentemente fizemos uma parceria com a vinícola mineira Luiz Porto, que trouxe garrafas de qualidade e todas têm tido muita aceitação dos clientes”.
Daphne destaca ainda a vocação natural do Omilía, que já possui uma proposta de harmonizar as bebidas com os pratos criados pelo chef Gabriel Trillo no dia a dia. “Com a chegada do frio, as pessoas que tomavam drinks, por exemplo, têm optado pelo vinho. Além disso, os clientes aceitam mais as sugestões de harmonização dadas pelos garçons e pela própria casa”, complementa a empresária, que acredita no aumento de aproximadamente 20% nas receitas do restaurante durante o frio devido ao boom da venda de vinhos. “Só em maio, já obtivemos um aumento de 20% no faturamento em relação a abril. Com o início oficial do inverno, acreditamos que esses números vão melhorar ainda mais”, finaliza.
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