De 2009 a 2019, percentual de pessoas entre 13 e 17 anos que usaram camisinha na última relação sexual caiu de 72,5% para 59%. Entre meninas, queda foi de 69,1% para 53,5% e, entre meninos, de 74,1% para 62,8%; ginecologista repercute o assunto

Levantamento recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta queda na utilização de preservativos por adolescentes no Brasil. De 2009 a 2019, o percentual de pessoas entre 13 e 17 anos que usaram camisinha na última relação sexual caiu de 72,5% para 59%. Entre as meninas a queda foi de 69,1% para 53,5% e, entre os meninos, de 74,1% para 62,8%.

A ginecologista do Hospital Semper, Ana Inês Coura, acredita que o principal motivo para essa despreocupação dos jovens em manter relações protegidas perpassa, sobretudo, pela falta de educação sexual e escassez de campanhas de informação e conscientização do Poder Público. “Não creio em carência de disponibilidade dos métodos protetivos, mesmo porque é possível adquiri-los, de forma gratuita, nos postos de saúde e centros de testagem e aconselhamento. Mas mais do que distribuí-los, é importante que se fale sobre a importância de usá-los bem como sobre os riscos para quem opta pelo caminho oposto”, afirma a médica acrescentando que essa falta de informação pode acarretar não só na gravidez indesejada como no perigo de diversas infecções sexualmente transmissíveis (IST’s). “Vale sempre lembrar que o preservativo protege contra um grande número de infecções como a hepatite, HIV, gonorreia e clamídia, entre outras doenças. Deve haver a conscientização do sexo seguro, sempre”, explica Ana Inês.

Ainda segundo Ana Inês, pelo fato de as atuais gerações jovens não terem vivenciado, por exemplo, o auge da epidemia de AIDS no Brasil, em meados da década de 80 e início dos anos 90, [período em que as campanhas pelo uso do preservativo, aliás, foram muito mais consistentes na mídia], o sexo desprotegido acabou se banalizando. “Hoje, embora o HIV ainda não tenha cura, felizmente tem tratamento disponível no SUS. Assim como ele, muitas outras IST’s, como a sífilis, também podem ser tratáveis. Esse cenário, porém, fez com que muitos, banalizassem o sexo desprotegido ou não dessem a importância que a proteção, de fato, merece. Melhor do que tratar essas infecções por toda a vida, é preferível não tê-las. E isso, volto a dizer, está atrelado intimamente ao uso do preservativo”.

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