Documento, enviado ao prefeito Alexandre Kalil nessa quarta-feira (9), também pede volta da pista de dança nos estabelecimentos e fim da proibição da venda de bebidas alcóolicas e alimentos para clientes que não estejam sentados
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais (Abrasel-MG) encaminhou nessa quarta-feira (9) um ofício à Prefeitura de Belo Horizonte pedindo novas flexibilizações para o setor, um dos mais afetados pela crise sanitária que, neste mês, completa dois anos. Um dos pontos principais da carta é o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras dentro dos estabelecimentos.
O pedido, segundo o presidente da Abrasel-MG, Matheus Daniel, é motivado principalmente pela queda acentuada dos índices de monitoramento da Covid-19 na capital mineira. Segundo o último boletim epidemiológico divulgado ontem pela PBH, a taxa de transmissão da doença, o chamado Rt, estava em 0,78 (o que significa que um grupo de 100 infectados pelo vírus pode contaminar outras 78 pessoas), enquanto a ocupação de leitos de UTI e enfermaria encontram-se na casa dos 39 e 32,1%, respectivamente, ambas sob controle. “Países como a Dinamarca e, até mesmo cidades brasileiras como Brasília, Rio de Janeiro, nosso cartão postal do turismo nacional, Natal, no Rio Grande do Norte, e Sorriso, no Mato Grosso, já desobrigaram suas populações de usarem o acessório não só em locais abertos como também fechados. Por aqui, todos os indicadores da doença estão no patamar verde há quase um mês, o que indica que o sistema de saúde opera normalmente, sem sobrecarga. Por isso, como os números comprovam o arrefecimento da pandemia, a manutenção de restrições implementadas quando ainda atravessávamos os picos de contaminação e casos não encontra embasamento científico que as justifiquem neste momento. Vale lembrar também que mais de 95% da população belo-horizontina com 12 anos ou mais já recebeu ao menos duas doses da vacina, o que nos coloca em uma situação de controle”, reforça o dirigente.
Ainda de acordo com Matheus Daniel, o uso facultativo da máscara sinalizará para o consumidor uma crescente tranquilidade para frequentar bares e restaurantes, facilitará a operação já que os funcionários não mais precisarão trocar os protetores faciais a cada duas horas e evitará risco de punições a clientes que eventualmente não utilizem o acessório durante deslocamento nas dependências dos estabelecimentos.
Volta da pista de dança em bares e restaurantes
O ofício da Abrasel-MG encaminhado ao prefeito Alexandre Kalil (PSD) também pede a permissão para que pistas de dança em bares e restaurantes da capital mineira possam voltar a serem utilizadas, além do fim da proibição da venda de bebidas alcóolicas e alimentos para clientes que não estejam sentados. “Belo Horizonte é famosa por seus bares com mesas nas calçadas e o grande número de estabelecimentos do tipo “espetinho”, onde as pessoas consomem sem utilização de cadeiras. Estes estão impedidos de funcionar em seu formato tradicional por causa de um decreto antigo, que não cabe mais no nosso cenário atual”, destaca Matheus.
A Abrasel-MG aguarda resposta da prefeitura sobre os pedidos contidos no ofício.
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