Levantamento foi feito entre 14 e 27 de setembro com 178 donos de bares e restaurantes
A melhora dos índices epidemiológicos da Covid-19, obtida graças ao avanço da vacinação, e a consequente flexibilização das atividades comerciais em Minas Gerais, tem gerado impactos positivos sobre a economia. Pelo menos é o que mostra a mais recente pesquisa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), feita entre os dias 14 e 27 de setembro, com 178 empresários do setor no estado. De acordo com o levantamento, 30% deles pretendem aumentar o quadro de funcionários nos próximos três meses, principalmente com a proximidade das festas e confraternizações de fim de ano.
Em compensação, 20% desse montante afirma enfrentar problemas para recrutar os empregados. Para 47% dos entrevistados, o cozinheiro, embora seja uma das funções mais essenciais do restaurante, é mais difícil de ser encontrada. “Os cargos que exigem mais qualificação são os que têm menos profissionais disponíveis, segundo os empresários consultados”, revela o presidente da Abrasel-MG, Matheus Daniel.
Outro dado otimista da pesquisa aponta que 59% das empresas de alimentação fora do lar em Minas Gerais tiveram um faturamento maior em agosto na comparação com o mesmo mês de 2020, enquanto 30% disseram ainda estar operando no prejuízo (no levantamento anterior, de agosto, eram 33%). “Um ponto que ainda chama atenção é o número de empresas com pagamentos em atraso: 62%. E das 90% que estão no Simples Nacional, 53% devem, pelo menos, uma parcela. Isso mostra que a retomada, apesar de estar acontecendo, não será imediata e nem igual para todos”, enfatiza o dirigente do braço mineiro da Abrasel.
Cortes e estrutura enxuta
A nova pesquisa da Abrasel, feita com os empresários mineiros, também traz uma informação potencialmente negativa. O encerramento do Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm), em agosto, [programa do Governo Federal que permitia um acordo entre as empresas e empregados para a redução proporcional do salário ou suspensão temporária do contrato de trabalho em troca da manutenção e estabilidade temporária do funcionário], pode levar, segundo o levantamento, 55% das empresas a reduzir despesas. O corte no quadro de colaboradores, inclusive, pode ser a saída para 23% dos entrevistados. Já 32%, ao invés de demitirem, podem adiar a implantação de melhorias, inovação e crescimento ou reduzir investimentos em áreas estratégicas como marketing, qualidade e tecnologia da informação.
Os inúmeros fechamentos e restrições também forçaram as empresas sobreviventes a se adaptar. Quase 75% delas estão com quadro menor que antes da pandemia. “Essa estrutura mais enxuta vem de melhorias, como maior automação e aprimoramento de processos em relação às novas preferências dos consumidores, mas também da necessidade de cortar custos”, completa Matheus Daniel.
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