Alta da Selic, reajustada no último dia 16 pelo Copom também preocupa, já que taxa influencia diretamente nos juros do Pronampe, contratado por quase 70% dos empresários ouvidos no mais recente levantamento da entidade

Pesquisa recente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais (Abrasel-MG), feita com 206 empresários do setor no estado, entre 21 de fevereiro e 3 de março, revelou que 48% dos respondentes inscritos no Simples Nacional têm parcelas em atraso. Desses, 28% já estão na Dívida Ativa e 24% podem ser inscritos a qualquer momento.

O levantamento também aponta que 67% dos entrevistados possuem empréstimos contratados. Desses, 82% tomaram dinheiro com o Pronampe, linha de crédito criada pelo Governo Federal em maio de 2020 para socorrer pequenas empresas em dificuldades financeiras por conta da pandemia.

 Segundo o presidente da Abrasel-MG, Matheus Daniel, o percentual altíssimo de empresários que contrataram o Pronampe preocupa justamente porque no último dia 16 o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic de 10,75% para 11,75% ao ano – alta de um ponto percentual, o que impacta diretamente nos juros do programa de crédito.  “A Selic serve hoje como referência para definir os juros dos empréstimos concedidos por meio do Pronampe, e devido ao mais recente reajuste, o custo do crédito praticamente quadruplicou, o que, indiscutivelmente, ameaça a já fragilizada saúde financeira dos empreendedores do setor”, destaca, acrescentando que do total de empresários que adquiriram o Pronampe, 14% já estão com parcelas em atraso.

Piora no faturamento

 Ainda segundo a mais nova pesquisa da Abrasel em Minas Gerais, depois de um mês de dezembro bom, 35% dos empresários  voltaram a ter dificuldade com o caixa, operando em prejuízo em janeiro, o que conforme Matheus Daniel pode ser explicado pelo intenso período chuvoso no estado, que acabou afugentando a clientela. Outros 26% tiveram lucro (ante 33% em dezembro) e 38% ficaram em equilíbrio. “O balanço que fazemos de todos esses dados é que a recuperação do setor ainda não consegue apresentar uma melhora contínua e o grande desafio nesse momento é equilibrar custos e endividamento”, ressalta Matheus Daniel.

A boa notícia é que mesmo com a queda no faturamento no primeiro mês do ano, dois terços dos entrevistados (66%) disseram ter tido um janeiro melhor em 2022 quando o período é comparado ao mesmo mês de 2021.

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