Levantamento feito com 190 empresários do setor no estado, entre 17 e 26 de novembro, revela dos quase 90% dos donos de bares e restaurantes inscritos no Simples Nacional, 48 afirmam estarem em atraso com imposto. Entre as empresas com débito, 83% temem desequadramento, em especial graças a demora na aprovação do novo Refis

Pesquisa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), feita entre 17 e 26 de novembro com 190 empresários do setor em Minas Gerais, revela uma leve piora no ritmo de recuperação do segmento, que pode ser explicada pela constante alta na inflação e por dívidas em aberto com impostos, encargos e outras despesas.

De acordo com o levantamento, cerca de 90% dos respondentes estão enquadrados no Simples Nacional, dos quais 48% afirmaram estar em atraso com os pagamentos dom imposto. “Entre as empresas com débito, 83% temem o desequadramento, em especial graças a demora na aprovação do novo Refis, [Programa de Recuperação Fiscal criado pela Receita em 2000 com o objetivo de regularizar débitos que as empresas e empreendimentos do Brasil têm com a União ou Receita, mas que está parado na Câmara dos Deputados desde agosto]. A Receita Federal está notificando os estabelecimentos devedores e, se o Refis não for aprovado, haverá uma massiva exclusão ainda em dezembro”, destaca o presidente do braço mineiro da Abrasel, Matheus Daniel.

Ainda de acordo com Matheus, das quase 70% das empresas que recorreram à empréstimos, 24% estão em falta com os pagamentos. Entre os devedores, cerca de 50% acumulam 60 dias de atraso e 41% devem há mais de três meses.

Quando o assunto é despesas com folha de pagamento, 39% dos bares e restaurantes encontram dificuldades para pagar o 13º salário. “Destes, 19% irão propor o parcelamento, enquanto os outros 20% pagarão integralmente, mas com atraso”, ressalta Matheus Daniel.

Boa notícia

A boa notícia constatada nesta pesquisa é que os negócios do setor estão performando cada vez melhor no salão: para 58% dos entrevistados, o delivery representa hoje somente até 20% do faturamento. “Este resultado reflete, sobretudo, no quanto os clientes estão mais seguros e confiantes em voltar a frequentar os estabelecimentos, ao invés de receberem entregas em casa, à medida em que completam o esquema vacinal de prevenção ao coronavírus.

Matheus destaca ainda que o delivery foi um importante recurso na pandemia, principalmente nos momentos de restrições severas, porém nem de longe ele se compara à força das vendas presenciais e aos salões com ocupação total das mesas. Estamos confiantes nessa retomada que vem acontecendo desde junho”.

O otimismo de Matheus Daniel é compartilhado, inclusive, pelos colegas. Isso porque a pesquisa da Abrasel aponta que a expectativa com as vendas para este mês, marcado pelas festas de confraternização, é positiva para a grande maioria dos entrevistados: 69% creem em aumento em relação a outubro, período em que foi feito o levantamento anterior.

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